O presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, comentou as declarações do deputado Arthur Lira (PP-AL) de que estava “apertando um sinal amarelo” contra os erros do governo do presidente Jair Bolsonaro na pandemia”.
Na quarta-feira 24, o presidente da Câmara dos Deputados afirmou que “tudo tem limite”.
“Estou apertando hoje um sinal amarelo para quem quiser enxergar: não vamos continuar aqui votando e seguindo um protocolo legislativo com o compromisso de não errar com o país se, fora daqui, erros primários, erros desnecessários, erros inúteis, erros que que são muito menores do que os acertos cometidos continuarem a serem praticados”, disse.
“Os remédios políticos no Parlamento são conhecidos e são todos amargos. Alguns, fatais. Muitas vezes são aplicados quando a espiral de erros de avaliação se torna uma escala geométrica incontrolável. Não é esta a intenção desta Presidência. Preferimos que as atuais anomalias se curem por si mesmas”, acrescentou.
Pelo Twitter, Jefferson atribuiu a atitude de Lira à polarização formada com a volta do ex-presidente Lula ao jogo.
O Arthur Lira não esperava a polarização entre Bolsonaro e Lula. O centrão perdeu a narrativa. Qq candidatura que vier a lançar, natimorta será. Por isso partiu para a extorsão, quer o toma lá dá cá. A ameaça que faz ao Presidente, será fatal para ele. Está desnudado. New Maia.
— Roberto Jefferson (@BobjeffHD) March 25, 2021
Parlamentares ouvidos por CartaCapital afirmaram que o discurso do presidente da Câmara está relacionado ao receio do Centrão com a gestão de Bolsonaro na pandemia.
Para Marcelo Ramos (PL-AM), primeiro vice-presidente da Casa, “a Câmara não pode tolerar de forma passiva a morte brasileiros, parte delas decorrente de erros gravíssimos de condução do enfrentamento da pandemia”, aponta, para completar: “Não vamos carregar a marca de erros que não são nossos. Agiremos a favor do Brasil”.
A avaliação de Paulo Teixeira (PT-SP), é que “a tragédia da pandemia é tamanha que o desgaste caminha na direção também do Centrão”.
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