O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), sugeriu ao presidente Jair Bolsonaro (PL) que o governo federal evite dar aumento salarial para os policiais federais neste ano, com o objetivo de conter greves de outros servidores que têm pedido reajuste, como os funcionários do Banco Central.
Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Barros disse que a solução é “não dar nada a ninguém”, ou seja, não atender às demandas salariais de qualquer categoria do serviço público.
Dessa forma, Bolsonaro recuaria da promessa feita aos policiais federais, que compõem parte da sua base eleitoral. O ex-capitão já disse à categoria que haverá recursos em 2022 para conceder o aumento requerido.
Um montante de 1,7 bilhão de reais pode ser destinado para reajustes salariais no funcionalismo, porém, não há garantia objetiva de que os policiais federais serão os únicos beneficiados.
Os servidores do Banco Central comunicaram possibilidade de paralisação em 18 de janeiro se não houver sinal de que o governo concederá a reposição das perdas salariais pela alta da inflação. Os funcionários podem, inclusive, abandonar 500 cargos comissionados.
De acordo com o presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central, Fábio Faiad, a categoria conseguiu marcar uma reunião para 11 de janeiro com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, que há alguns meses não atendia os pedidos da entidade. A previsão de paralisação no dia 18 está mantida.
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