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Reverendo que negociava vacina em nome do governo diz que não pode comparecer à CPI
Amilton de Paula enviou à comissão um atestado médico válido por 15 dias; a oitiva está marcada para a quarta-feira 14


O reverendo Amilton de Paula enviou nesta segunda-feira 12 à CPI da Covid um atestado médico para dizer que não poderá comparecer à sessão da quarta-feira 14, quando deveria prestar um depoimento.
Ele entrou na mira da comissão por receber um aval do então diretor de Imunização do Ministério da Saúde, Laurício Monteiro Cruz, para negociar em nome do governo de Jair Bolsonaro a compra de 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca com a Davati Medical Supply.
Lauricio Cruz foi exonerado do posto na última quinta-feira 8, após a revelação do caso.
Amilton de Paula responde por uma entidade chamada Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários, a Senah, por meio da qual negociaria a aquisição dos imunizantes.
O atestado médico apresentado pelo reverendo, que tem como motivação uma crise renal, tem validade de 15 dias, a partir de 9 de julho.
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