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Representante da Davati sugere que pedido de propina pode ter partido do coronel Blanco, não de Roberto Dias
Questionado se acredita nas alegações de Dominguetti, Cristiano Carvalho respondeu: ‘Vários fatos corroboram para que seja verdade’
O representante comercial da Davati Medical Supply no Brasil, Cristiano Carvalho, sugeriu nesta quinta-feira 15 à CPI da Covid que o suposto pedido de propina de um dólar por dose de vacina poderia ter partido do coronel da reserva Marcelo Blanco da Costa, e não do então diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias.
A Davati entrou na mira da CPI da Covid por atuar como intermediária na negociação de 400 milhões de doses da vacina Astrazeneca com o governo de Jair Bolsonaro, em uma tratativa possivelmente marcada por irregularidades. À comissão, o policial militar Luiz Paulo Dominguetti, apontado como um representante autônomo da Davati, disse que Dias teria concordado com a compra dos imunizantes em troca de propina no valor de 1 dólar por dose.
“Inicialmente ele falou que se tratava de comissão, que o coronel Blanco e o Odilon estavam tratando isso. Então seria tratado como comissionamento”, disse Cristiano Carvalho. A seguir, o senador governista Marcos Rogério questionou quem teria pedido a propina, o coronel Blanco ou Roberto Dias.
“No primeiro momento, a informação que tive era que tinha sido o Blanco, na presença do Roberto Dias”, respondeu Carvalho. “Eu não estive no jantar [em que o pedido teria sido feito]. A informação que tenho foi essa”.
Questionado se acredita nas alegações de Dominguetti, o depoente respondeu: “Vários fatos corroboram para que isso seja verdade, inclusive o áudio exibido na CPI de que dois dias antes ele sabia do jantar. Alguns indícios existem (…). Se tem elementos, não sei, mas acredito nele. Acho que ele falou a verdade na CPI”.
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