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Renúncia de mais três pesquisadores amplia debandada na Capes

Ao todo, mais de 100 profissionais se desligaram de suas funções nos últimos meses

A Capes é uma fundação ligada ao Ministério da Educação. Foto: Divulgação
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A debandada de pessoas ligadas à Capes, órgão do governo federal responsável pela pós-graduação no Brasil, ganhou nesta semana um novo capítulo. Três pesquisadores renunciaram nos últimos dias e, ao todo, mais de 100 profissionais se desligaram de suas funções nos últimos meses.

Deixaram seus cargos nesta semana os coordenadores da área de Ciências Agrárias I: Luiz Carlos Federizzi, Fábio Lopes Olivares e Geraldo José Silva Junior. Esses não são servidores do órgão, mas indicações acadêmicas.

Na carta em que explicam a renúncia, os pesquisadores mencionam as críticas à postura do Capes na tentativa de reverter decisão judicial que interrompeu a avaliação da pós-graduação, no ano passado. A Justiça autorizou, posteriormente, a retomada.

“Temos sérias dúvidas que a avaliação será realizada em 2022, mesmo que sendo realizada, estará sujeita a judicialização e a um número interminável de recursos, que serão julgados fora da área de Ciências Agrárias I e sem a qualidade que a área requer”, diz o texto, obtido pelo jornal Folha de S.Paulo.

Em dois dias, a Capes convocou uma reunião de seu conselho superior e escolheu Moacir Pasqual como novo coordenador para a área. Em nota, o órgão citou “a urgência da substituição, tendo em vista o andamento da Avaliação Quadrienal”.

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