CartaExpressa
Renan vai ao CNJ contra desembargador que restabeleceu a ordem de prisão de Tacla Duran
‘O filho dele, João Malucelli, é sócio de Sergio Moro em um escritório de advocacia. Espero a condenação’, anunciou o senador
O senador Renan Calheiros (MDB-AL) afirmou nesta sexta-feira 14 que acionará o Conselho Nacional de Justiça para solicitar o afastamento do desembargador Marcelo Malucelli, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, autor da decisão a restabelecer uma ordem de prisão contra o advogado Rodrigo Tacla Duran.
O novo juiz titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, Eduardo Appio, havia suspendido a ordem de prisão decretada em 2016 pelo então juiz Sergio Moro. A medida, porém, foi contestada pelo Ministério Público Federal.
Malucelli é pai do advogado João Eduardo Barreto Malucelli, de 28 anos, que aparece no Cadastro Nacional de Advogados como sócio do escritório Wolff & Moro Sociedade de Advogados, com sede em Curitiba e formado pelo ex-juiz e pela advogada Rosângela Moro, atualmente deputada federal pelo União Brasil.
“Entrarei no CNJ pedindo o afastamento do desembargador Marcelo Malucelli, que restabeleceu a prisão de Tacla Duran, vítima de extorsão da Lava Jato”, anunciou Renan nas redes sociais. “O filho dele, João Malucelli, é sócio de Sergio Moro em um escritório de advocacia. Espero a condenação que foi dada a Dallagnol.”
No final de março, Tacla Duran afirmou em depoimento a Appio ter sido alvo de um “bullying processual” no âmbito da Lava Jato. Ele também declarou ter sido vítima de uma suposta tentativa de extorsão e citou Moro e o ex-procurador Deltan Dallagnol, hoje deputado federal pelo Podemos.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também
Após TRF-4 entrar em cena, novo juiz da Lava Jato pede medidas para evitar ‘intimidação’ de Tacla Duran
Por CartaCapital
Audiência com Tacla Duran no Brasil ganha nova data após reviravolta no TRF-4
Por CartaCapital
Desembargador que restabeleceu ordem para prender Tacla Duran é pai do sócio de Moro
Por CartaCapital


