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Relator vota pelo impeachment de Witzel; faltam seis votos para a condenação

O governo afastado é acusado de participar de um esquema de desvios de recursos da saúde e de fraudes em contratos emergenciais

Foto: Reprodução Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro
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O Tribunal Misto do Rio de Janeiro julga nesta sexta-feira 30 o processo de impeachment do governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC). O TEM é formado por cinco desembargadores e cinco deputados estaduais. Para que o impedimento se concretize, são necessários ao menos sete votos.

Witzel é acusado de participar de um esquema de desvios de recursos da saúde, de fraudes e de superfaturamento em contratos emergenciais.

Na abertura da sessão, o deputado Luiz Paulo (Cidadania), autor do pedido que abriu o processo, defendeu a cassação do governador afastado. Na sequência, o relator, deputado Waldeck Carneiro (PT), apresentou um longo voto pela cassação.

O impeachment abarca atos que podem configurar crime de responsabilidade. São eles: a requalificação da empresa Unir Saúde para firmar contratos com o estado, assinada por Witzel em março de 2020; e a contratação da Iabas para gerir os hospitais de campanha anunciados pelo governo no início da pandemia.

Por trás das duas organizações sociais estaria o empresário Mário Peixoto, preso pela Operação Favorito em maio de 2020. A acusação alega que os atos administrativos de Witzel tinham como intuito beneficiar o esquema de corrupção colocado em curso por Peixoto e outros empresários.

Pelas redes sociais, Witzel criticou o voto de Waldeck Carneiro. “Lamentavelmente o Relator Deputado Waldeck Carneiro, do PT, está usando exclusivamente a delação de Edmar Santos para fundamentar seu voto, absolutamente contrário a técnica jurídica sem compromisso com um julgamento justo”, escreveu.

Assista ao vivo:

*Com informações da Agência Estado

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