O relator do projeto do Orçamento de 2022, deputado Hugo Leal (PSD-RJ), voltou a contrariar o presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre a possibilidade de um reajuste para servidores federais.
Segundo Leal, o cenário não deve se alterar nem com a promulgação integral da PEC dos Precatórios, que, segundo o governo, abrirá uma folga fiscal de 106,1 bilhões de reais no ano que vem.
“Acho muito difícil porque o reajuste tem impacto permanente. Esse espaço é para 2022 e temos que preparar o País para 2023, 2024, 2025… Pode ser merecido e importante para eles, eu tenho pessoas da minha família que são também servidores públicos federais, mas tenho a preocupação principal, que é a marca do relatório, é continuar atendendo a saúde e os benefícios de caráter social”, disse Leal ao jornal O Estado de S.Paulo.
Na última quarta-feira 8, Bolsonaro repetiu que sugeriu ao ministro da Economia, Paulo Guedes, o reajuste dos servidores.
“Quando falei em [reajuste para] servidor, ninguém falou em estourar o teto, estávamos trabalhando na PEC dos Precatórios. Uma vez aprovada, falei com Guedes na possibilidade de reajuste”, alegou o ex-capitão.
Não foi a 1ª vez. Em novembro, durante viagem ao Oriente Médio, Bolsonaro já havia feito a promessa.
“A inflação chegou a dois dígitos, então conversei com Paulo Guedes. Em passando a PEC dos Precatórios, tem que ter um pequeno espaço para dar algum reajuste. Não é o que eles merecem, mas é o que nós podemos dar. A todos os servidores federais, sem exceção”, afirmou o presidente, na ocasião.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login