Relator da privatização da Eletrobras desiste de turbinar estatal do ‘Tratoraço’

Texto anterior dava à Codevasf o controle do dinheiro de obras direcionadas ao Nordeste e de Furnas

Foto: Alex Ferreira/ Câmara dos Deputados

Apoie Siga-nos no

O deputado Elmar Nascimento (DEM-BA), relator da Medida Provisória da capitalização da Eletrobras, retirou do texto o item que fortaleceria a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), estatal pivô do escândalo do Tratoraço.

O relatório preliminar dava à Codevasf – que é presidida por Marcelo Moreira, indicado de Nascimento – o controle do dinheiro de obras direcionadas ao Nordeste e para os reservatórios de Furnas, em Minas Gerais.

No texto, o deputado justificava a escolha a partir da “experiência acumulada pela empresa na execução de políticas nessas regiões”.

O documento, divulgado na terça-feira 11 e apresentado a líderes partidários, dizia que seriam destinados 5,8 bilhões de reais para serem distribuídos ao longo de dez anos.

Agora, Nascimento quer que os recursos sejam geridos pelo Ministério do Desenvolvimento Regional, pasta chefiada por Rogério Marinho e à qual a Codevasf está vinculada.

“Eu abro mão de tudo. Faço questão de dizer que relatório será fruto de decisão de maioria dos líderes. Não adianta ter um relatório que será derrubado no plenário. Estou alinhado ao governo e aos líderes”, afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo.


“Tenho condições de defender todos os itens que incluí no relatório, mas se não tiver apoio ou maioria, eu retirarei. Sou apenas coordenador da vontade da maioria”, acrescentou.

 

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Relacionadas

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.