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Regina Duarte publica retratação após ser condenada por fake news sobre Leila Diniz

Atriz foi processada após publicar um vídeo usando a foto de Leila Diniz para defender a ditadura militar

Regina Duarte publica retratação após ser condenada por fake news sobre Leila Diniz
Regina Duarte publica retratação após ser condenada por fake news sobre Leila Diniz
Foto: Reprodução/Globoplay
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A atriz Regina Duarte publicou nesta segunda-feira 15 uma retratação por publicar uma fake news usando a foto de Leila Diniz, morta em 1972. A publicação foi feita após ela ser processada por Janaina Diniz Guerra, filha de Leila.

A Justiça determinou a exclusão da publicação, o pagamento de uma indenização de 30 mil reais (com correção monetária) e uma retração nas redes sociais.

Em dezembro, Regina publicou um vídeo em defesa da ditadura militar, reproduzindo um discurso do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e usou uma foto fora de contexto das atrizes Eva Todor, Tônia Carrero, Eva Wilma, Leila Diniz, Odete Lara e Norma Bengell.

O vídeo afirmava que “64 foi uma exigência da sociedade” e que “as mulheres nas ruas pediam o restabelecimento da ordem”. A foto, entretanto, era de um protesto das artistas realizado em 1968 contra a ditadura.

“O que fiz foi na maior boa fé. Jamais imaginei que alguém pudesse interpretar meu post de forma diferente ou sentir-se prejudicado”, disse a ex-secretária da Cultura do governo Bolsonaro em sua retratação.

Em sua decisão, a juíza Ingrid Charpinel Reis apontou ficar evidente, por meio da fotografia, que Leila Diniz tinha como fundamento de sua personalidade e honra a luta em defesa da Democracia.

“A ré, entretanto, sem qualquer tipo de autorização, publicou um vídeo em sua rede social contendo a referida foto, da qual a mãe da AUTORA fazia parte, subvertendo o contexto em que a imagem foi feita – um momento de protesto contra o regime militar e a censura – utilizada para ilustrar, um discurso que dizia que “64 foi uma exigência da sociedade, as mulheres nas ruas pediam o restabelecimento da ordem”, acrescentou.

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