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Receita diz que restringirá acesso de servidores após devassa contra desafetos de Bolsonaro
O órgão informou que exigirá ‘motivação adequada e detalhada’ para consulta de dados dos contribuintes
A Receita Federal anunciou, nesta sexta-feira 3, novas medidas de segurança em resposta à devassa no Fisco, em 2019, contra desafetos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Na quinta-feira 2, a Polícia Federal abriu uma investigação sobre o caso, revelado pela Folha de S.Paulo.
Documentos apontaram que o chefe de inteligência do órgão no início da gestão Bolsonaro acessou e copiou dados sigilosos do coordenador das investigações sobre o suposto esquema das “rachadinhas”, Eduardo Gussem, e de dois políticos que haviam rompido com o clã, o empresário Paulo Marinho e o ex-ministro Gustavo Bebianno.
No comunicado, o Fisco informou que os acessos são rastreáveis e projetou um “aperfeiçoamento do sistema neste ano, exigindo sempre motivação adequada e detalhada” para os servidores terem acesso a informações sigilosas.
O número de pessoas com acesso aos dados também deverá ser restringido até 31 de março. A Receita ainda comunicou que “os servidores que acessaram dados protegidos, sem motivação, foram identificados e estão sendo devidamente processados”.
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