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Ratinho Jr. envia projeto para privatizar Celepar, empresa de gestão de dados do Paraná

A possível venda da companhia foi criticada pela oposição, que reforçou a importância da companhia para a segurança dos dados da população

Ratinho Jr. envia projeto para privatizar Celepar, empresa de gestão de dados do Paraná
Ratinho Jr. envia projeto para privatizar Celepar, empresa de gestão de dados do Paraná
O governador do Paraná, Ratinho Junior. Foto: Rodrigo Félix Leal/ANPr
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O governo de Ratinho Jr. (PSD) enviou para a Assembleia Legislativa do Paraná nesta segunda-feira 4 um projeto de lei que autoriza a privatização a Celepar, a Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná.

Segundo o governo, o estado vai encomendar uma série de estudos sobre o melhor modelo para a privatização da companhia, que pode ser com alienação parcial ou total dos bens. O processo ainda contempla um cálculo do valor da empresa e uma sondagem de mercado, além de audiência pública, e deve ser concretizado na B3, em São Paulo.

O projeto prevê mudanças no Estatuto da Companhia, como a definição de que as infraestruturas físicas de armazenamento e processamento de dados existentes devem continuar no estado pelo prazo mínimo de dez anos.

Nesse processo o estado deterá, ainda, uma ação preferencial de classe especial (golden share) que lhe conferirá alguns direitos específicos.

A possível privatização foi criticada pela oposição, que reforçou a importância da companhia para a segurança dos dados da população. “Entrega dos dados e da qualidade de serviço para o povo paranaense. Mais um desmando do governador Ratinho Júnior e a sua ganância de entregar tudo para o mercado”, afirmou Arilson Chiorato, deputado estadual e presidente do PT do Paraná.

A gestão estadual defende que uma possível privatização iria interferir na política de dados dos paranaenses. “As informações dos cidadãos continuarão protegidas pela legislação e seguirão sob propriedade das pessoas, direito assegurado pela LGPD e que deve ser honrado por empresas públicas ou privadas”, diz o governo.

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