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Randolfe: Estamos diante de uma aliança entre facínoras milicianos e elite política corrupta

‘A presença na CPI do líder do Governo na Câmara, Ricardo Barros, junto aos esquemas que estão governando é o retrato disso’

À mesa, o vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
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O vice-presidente da CPI da Covid, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) classificou o governo do presidente Jair Bolsonaro como “uma aliança de facínoras milicianos com uma elite política corrupta que manda no país há muito tempo”.

Em entrevista ao El País, o senador afirmou ainda que “o cenário ideal” para a crise politica “seria o impeachment, o afastamento e a responsabilização dos culpados por tudo isso”.

“Nós estamos diante do pior tipo de aliança que a história do Brasil poderia produzir. É uma aliança de facínoras com fisiologismo corrupto do baixo clero do Parlamento. A presença na CPI do líder do Governo na Câmara, Ricardo Barros, junto aos esquemas que estão governando é o retrato disso. É uma aliança de facínoras milicianos com uma elite política corrupta que manda no país há muito tempo”, disse.

“Ricardo Barros é o representante da arrogância de uma parte da elite brasileira, da arrogância de uma elite que não saiu da Casa Grande, da arrogância de uma elite que acha que está acima da lei, que está acima de tudo e que é superior. Esse pessoal chegou ao núcleo central de poder, que eles nunca tinham tido na história brasileira. Nunca esse tipo de gente tinha chegado ao Governo da República como chegou com Jair Bolsonaro”, acrescentou.

Na conversa, o parlamentar elogiou o trabalho da CPI e criticou o Procurador-Geral da República, Augusto Aras.

“A CPI ocupou um espaço que deveria ter sido ocupado por outras instituições. Eu lamento a atuação do Ministério Público Federal. Os membros do Ministério Público Federal hão de refletir sobre as amarras que foram impostas a eles pelo Governo Jair Bolsonaro”, declarou.

“A CPI devolveu o Bolsonaro para o cercadinho dele e pautou a agenda nacional. Ele está tentando agora correr atrás, deixando de falar da CPI e tentando colocar o País no cercadinho de novo. Fala de voto impresso, enquanto nós temos 9% de inflação ao ano, a maior dos últimos 20 anos. Enquanto os brasileiros não têm como comprar carne, arroz. Enquanto 19 milhões de brasileiros voltaram para a linha da miséria”, afirmou.

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