CartaExpressa
Queiroga não responde se concorda com Bolsonaro sobre cloroquina
A recusa abriu uma discussão entre os senadores na CPI da Covid
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se recusou a responder sua posição sobre o uso de medicamentos sem eficácia comprovada para a Covid-19, como a cloroquina e a ivermectina.
Em depoimento na CPI da Covid nesta quinta-feira 6, o ministro disse ao senador Renan Calheiros (MDB-AL) que essa é uma posição que precisa de uma análise técnica.
O tratamento é defendido pelo presidente Jair Bolsonaro e já foi motivo de demissão de dois ministros da Saúde (Mandetta e Teich).
A recusa de Queiroga abriu uma discussão entre os senadores. O ministro está na CPI como testemunha, então é obrigado por lei a falar a verdade. Esse fato, no entanto, foi questionado pelos governistas, que alegam que a opinião não deve ser uma obrigação.
Segundo Queiroga, o presidente não pressiona o ministério para o uso destes medicamentos.
Relacionadas
CartaExpressa
Castro confirma participação em ato de Bolsonaro e deve usar o palanque para se defender
Por CartaCapitalCartaExpressa
Bolsonaro tenta retirar Zanin do julgamento de recurso contra inelegibilidade
Por CartaCapitalCartaExpressa
PGR avalia que Janones ‘ultrapassou limites’ ao chamar Bolsonaro de termos como ‘miliciano’
Por CartaCapitalCartaExpressa
PF suspeita que médico de Bolsonaro era funcionário fantasma na Apex em Miami
Por André LucenaApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.