CartaExpressa
‘Quanto você acha que vale uma vaga para o STF?’, pergunta Bolsonaro, sem saber que estava no ar
‘Pra mim é fácil. Manda um sapato número 43, meu número aqui, tá? Um beijo. Pronto, resolveu o problema’
O presidente Jair Bolsonaro não percebeu que estava ao vivo nas redes sociais na tarde desta quarta-feira 27, durante o intervalo de uma entrevista que concedia à Rádio Jovem Pan.
Ao tratar, aparentemente, de esquemas de corrupção em pedágios, o ex-capitão diz que, “no passado, o cara que fazia contrato levava uma caixa de dinheiro embora, metia a caneta no contrato ‘não, passa para 20 o pedágio.”
A gravação, divulgada pelo site Metrópoles, segue de forma confusa.
“O pedágio de moto no Paraná, 9 reais. Agora, o que eu apanho por causa disso… Pra mim é fácil. ‘Manda um sapato número 43, meu número aqui, tá? Um beijo’. Pronto, resolveu o problema. Chegava um sapato cheio notinha de 100, verdinha, dentro. Quanto você acha que vale a vaga para o Supremo?”, emendou Bolsonaro, até ser alertado por um assessor de que a transmissão estava no ar.
Constrangido, o presidente sorri e tenta prosseguir. “Então, é isso daí, isso é o Brasil. A gente apanha pra cacete, o tempo todo. E tem gente que não dá valor… Oh, tem que resolver tudo. Não dá pra resolver tudo, vamos devagar.”
Relacionadas
CartaExpressa
TSE condena União Brasil a devolver R$ 765 mil por gastos irregulares do PSL em 2018
Por Marina VereniczCartaExpressa
Atlas: João Campos tem 36 pontos de vantagem sobre Gilson Machado no Recife
Por CartaCapitalCartaExpressa
São Paulo: Mãe de motorista de Porsche foi coautora de crime, conclui a polícia
Por André LucenaCartaExpressa
PGR diz que Monark descumpre decisão judicial, mas pede mais investigação à PF
Por CartaCapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.