O presidente Jair Bolsonaro, cujo discurso nas últimas semanas busca radicalizar sua base de apoio, tornou a exaltar o armamento da população. A declaração vem na esteira de um processo de enfrentamento às instituições e de ‘guerra’ ao Poder Judiciário, em especial a ministros do Supremo Tribunal Federal.
Durante contato com apoiadores no “cercadinho” do Palácio da Alvorada nesta quinta-feira 26, Bolsonaro criticou jornalistas pela abordagem de notícias sobre a facilitação do acesso a armas de fogo no Brasil.
“A imprensa de novo fez uma matéria nesta semana de que tem dobrado ano a ano o número de armas no Brasil. Eu quero que quintuplique. Quanto mais armado estiver o povo, melhor para todo mundo”, disse o presidente.
Estimulado pelos apoiadores, ele acrescentou que “enquanto a bandidagem estava armada com fuzil lá no Rio de Janeiro, a imprensa não falava nada, mas, agora, quando o cidadão de bem está comprando arma, o pessoal critica”.
Bolsonaro ainda disse aos militantes do “cercadinho” que “hoje em dia, o homem do campo está mais tranquilo”.
“Tiramos dinheiro de ONG, conseguimos via decreto dar o fuzil 762 para vocês, quem é CAC [Colecionador, Atirador e Caçador]. Conseguimos a posse ampliada, o elemento podia comprar a arma e usar dentro da casa na fazenda. Hoje ele pode montar o cavalo ou pegar o Jeep dele e andar na fazenda toda armado”, completou.
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