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Quaest: Cai o índice de brasileiros que desconfiam das urnas eletrônicas

No auge das manifestações pelo voto impresso, o grupo que não acreditava nas urnas era de 27%. Agora, é de apenas 22%

Foto: Nelson Jr./ASICS/ TSE Foto: Nelson Jr./ ASICS/ TSE
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O índice de eleitores brasileiros que não confiam no sistema eletrônico de votação caiu 5 pontos percentuais desde setembro de 2021, auge das manifestações favoráveis ao voto impresso. Os dados são da nova pesquisa da consultoria Quaest, divulgada nesta quarta-feira 11.

Naquela ocasião, quando a pauta estava no seu momento de maior evidência, o grupo de brasileiros que dizia não confiar nas urnas eletrônicas somava 27%. Na pesquisa desta quarta, o grupo conta com a adesão de 22% dos brasileiros. É importante ressaltar que a queda ocorre mesmo com a insistência de Jair Bolsonaro (PL) na pauta.

O índice dos que confiam no sistema eletrônico de votação, por sua vez, se mantém estável em 40%. Já aqueles que confiam parcialmente no atual sistema de votação somam 35%. Em setembro de 2021, este grupo era de 29%.

A pesquisa ainda monitorou o nível de confiança nas urnas eletrônicas com base na indicação de votos de cada eleitor. Quem declara preferência por Bolsonaro desconfia mais do sistema de votação, já entre os demais candidatos, o índice cai significativamente. Veja os números:

Para Felipe Nunes, cientista político e diretor da Quaest, a confiança nas urnas entre os eleitores da chamada terceira via faz com que Bolsonaro tenha menos chances de atrair votos deste segmento.

“A desconfiança só é mais alta entre os eleitores que torcem pela reeleição de Bolsonaro (36% não confia x 23% confia). No eleitor nem-nem, a confiança nas urnas é de 45%. Ou seja, a agenda de conflito institucional diminui as chances de Bolsonaro atrair o eleitor da 3ª via”, registrou o cientista responsável pela pesquisa.

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