PT, PCdoB e PV registram federação com obrigatoriedade de composição feminina e étnico-racial

Ao menos 30% dos indicados para compor a assembleia geral do grupo deverão ser mulheres e outros 20% terão que respeitar critérios étnico-raciais

A presidenta da federação, Gleisi Hoffmann (PT); a primeira vice, Luciana Santos (PCdoB); e o segundo vice José Luís Penna (PV). Fotos: Lucio Bernardo Jr./ Câmara dos Deputados; Divulgação; e Joca Duarte/GOVSP

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As direções nacionais do PT, PCdoB e PV registram nesta segunda-feira 18 o estatuto e o programa da federação batizada de Brasil da Esperança (FE Brasil). Os documentos para a composição entre as três legendas foram aprovados em reunião no domingo 17 e trazem itens como a obrigatoriedade de presença mínima feminina e étnico-racial na composição do grupo.

Ao menos 30% dos indicados para compor a assembleia geral da federação deverão ser mulheres e outros 20% terão que respeitar critérios étnico-raciais. Ao todo, 60 membros devem integrar o grupo, sendo nove divididos igualmente entre cada partido e 51 seguindo a proporção de deputados eleitos em 2018 por cada sigla.

Já a direção executiva do grupo terá 18 membros, sendo integrada obrigatoriamente pelos três presidentes de cada partido e outros 15 cargos, seguindo o critério de representatividade na Câmara nas eleições de 2018.

A primeira a comandar o grupo será a deputada e presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, que terá mandato de um ano, podendo ser reconduzida ao cargo por decisão unânime. Luciana Santos (PCdoB) será a primeira vice-presidenta e José Luiz Penna (PV) ocupa a segunda cadeira de vice. O comando da federação será feito por rodízio entre os dirigentes.

Em nota, os partidos classificaram a composição como um ‘um marco histórico na vida política brasileira’. Segundo o texto, a federação é uma forma ‘ousada’ de renovar o modo de fazer política no País.

Estamos ousando, construindo uma ferramenta nova, inovando e renovando a forma de fazer política, apostando na unidade e na convergência em torno de ideais e compromissos elevados com nosso país, que se expressam na Carta Programa de nossa Federação. Valorizamos a democracia interna e construímos um estatuto que estimula a busca pelo consenso”, diz o texto.


As decisões do grupo serão tomadas com o aval de três quartos da assembleia geral. O grupo também deverá atuar por quatro anos em conjunto no Congresso Nacional. De acordo com a nota da federação, a composição nasce pela necessidade de enfrentar a extrema-direita.

“Nossa Federação buscará eleger grandes bancadas progressistas para o Congresso Nacional e as Assembleias Legislativas, bem como um expressivo número de governadores/as, criando as condições para que o governo eleito por essa ampla aliança tenha as condições para promover as mudanças e grandes transformações de que o país necessita”, destaca o grupo.

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