O deputado federal Jilmar Tatto (SP), secretário nacional de Comunicação do PT, afirmou na sexta-feira 28 que o partido cumprirá o acordo para apoiar Guilherme Boulos (PSOL) na eleição para prefeito de São Paulo em 2024, mas voltou a expor seu incômodo com a decisão.
“Vamos cumprir o acordo, mas por que é difícil de aceitar?”, questionou o dirigente petista em um evento do PT no Sindicato dos Engenheiros, na capital paulista. “A grande dúvida é se uma candidatura do PSOL consegue dialogar com o centro. A gente corre o risco de perder na cidade de São Paulo a oportunidade de ganhar a eleição num momento em que o País está começando a ficar bom, num momento em que a gente ganhou a Presidência da República.”
Segundo ele, tem de haver debate no partido, mas, após a decisão, “todo mundo cumpre”.
O acordo para o PT endossar a candidatura de Boulos nasceu ainda em 2022, após o líder do MTST e atualmente deputado federal se retirar da disputa pelo governo de São Paulo e apoiar Fernando Haddad (PT).
O presidente Lula e a presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, são os principais fiadores da aliança com Boulos no pleito do ano que vem. Uma parcela da legenda, porém, continua a defender uma candidatura própria, embora não haja um nome de consenso. A fórmula PSOL-PT pode ser chancelada em agosto, no congresso do diretório petista na capital.
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