PT aciona MP para impedir ‘novo 8 de Janeiro’ no ato de Bolsonaro em São Paulo

A representação foi enviada pela sigla ao Ministério Público, Procuradoria-Regional Eleitoral e Procuradoria-Geral da Justiça

Silas Malafaia e Jair Bolsonaro. Foto: Isac Nóbrega/PR

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O diretório estadual do PT de São Paulo enviou uma representação ao Ministério Público Eleitoral do estado nesta segunda-feira 19, para prevenção e investigação de possíveis crimes no ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A manifestação marcada para o dia 25 de fevereiro, em São Paulo, segundo a sigla, pode resultar em ataques ao Estado democrático de Direito, como o ocorrido em 8 de janeiro de 2023. É o primeiro ato convocado pelo ex-presidente após a invasão dos Três Poderes. 

“Não há como desassociar a convocação desse ato ao episódio do 8 de janeiro, um claro atentado contra o Estado Democrático de Direito”, afirma o deputado federal Kiko Celeguim, presidente do diretório. “Cabe ao Ministério Público atenção redobrada, sobretudo, para que as graves falhas de segurança que aconteceram em Brasília, não se repitam em São Paulo.”

A peça, também enviada à Procuradoria-Regional Eleitoral e à Procuradoria-Geral da Justiça pede a adoção de medidas para prevenir e investigar eventuais crimes contra o Estado democrático de Direito, de financiamento irregular do ato e de propaganda eleitoral antecipada.

“Não se nega o direito de livre manifestação de pensamento e a possibilidade de realização de manifestações públicas. Tais direitos, todavia, não podem afrontar o Estado Democrático de Direito”, diz a representação. 

Além disso, também foi solicitado aos órgãos esclarecimentos da Polícia Militar de São Paulo e do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) sobre os protocolos de segurança que serão adotados e o efetivo “para garantir que os atos convocados não se desvirtuem em um novo movimento de tentativa de ruptura democrática”.


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1 comentário

Avelino Dias Ferraz Filho 23 de fevereiro de 2024 08h43
Acho que a justiça brasileira tem dois pesos e uma medida desproporcional,como sempre pende a favor do lado mais forte,tanto na política qto,em casos corriqueiro onde se envolve necessidade dos responsáveis pelas decisões, vemos ao longo do governo anterior,tantos atos antidemocrático, sem as devidas providências pois era promovida pelos governantes em esfera federal.Militares de alta patente em coluio com os atos onde até Vice presidente era General.

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