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PSOL vai ao STF contra nota da Saúde que defende hidroxicloroquina: ‘Criminosa’
‘A postura irresponsável e mentirosa do governo federal tem colocado a população brasileira cada vez mais em risco’
Deputados do PSOL acionaram o Supremo Tribunal Federal, nesta segunda-feira 24, contra o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos da pasta, Hélio Angotti.
Talíria Petrone (RJ), Fernanda Melchionna (RS), Ivan Valente (SP), Vivi Reis (PA), Áurea Carolina (PA), Luiza Erundina (SP), Glauber Braga (RJ) e Sâmia Bomfim (SP) questionam uma nota técnica do ministério que alega que as vacinas contra a Covid-19 não teriam eficácia ou segurança, ao contrário da hidroxicloroquina – medicamento comprovadamente ineficaz no combate à doença.
“Sem amparo em medidas científicas e contrariando autoridades sanitárias nacionais e internacionais, a postura irresponsável, mentirosa e criminosa do governo federal tem colocado a população brasileira cada vez mais em risco e pode levar a uma tragédia sem precedentes no nosso país”, diz trecho da notícia-crime.
Segundo os deputados, “a postura negacionista e mentirosa do governo federal – que culmina na nota técnica supracitada nesta exordial – é uma afronta a todas as determinações da Organização Mundial de Saúde”.
Na nota técnica divulgada na última sexta-feira 21 e assinada por Angotti, a Saúde atribui eficácia à hidroxicloroquina, apesar de sua comprovada inutilidade no enfrentamento à Covid.
Veja a tabela:
Em texto enviado a veículos de imprensa após a divulgação da nota técnica, o Ministério da Saúde disse que “em nenhum momento afirmou que o referido fármaco é seguro para tratamento da Covid-19, nem questionou a segurança das vacinas, que é atestada pela agência reguladora”.
Argumentou ainda que “a interpretação foi retirada erroneamente de uma manifestação de nota técnica da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos (SCTIE). A secretaria informou que observada isoladamente não traduz o real contexto, explicitado no próprio texto”.
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