Parlamentares do PSOL ingressaram com representações em órgãos de Justiça do estado de São Paulo requerendo que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) seja investigado por suposto abuso de poder político e econômico e improbidade.
Os pedidos contestam o fato de o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ter utilizado do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo, como um ‘QG do Golpe”, antes da manifestação política a favor do ex-capitão realizada no domingo 25, na Avenida Paulista, em São Paulo.
Foram divulgadas informações e imagens de que o ex-presidente se utilizou das dependências do Palácio antes de ir ao ato, tendo inclusive chegado acompanhado de Tarcísio. O local também acabou servindo de base para outros integrantes do PL que fizeram parte da manifestação.
Nas peças, encaminhadas ao Ministério Público, ao Tribunal de Contas e à Promotoria de Justiça do Patrimônio Público do estado, os proponentes reforçam ser o Palácio dos Bandeirantes ‘um bem público sustentado pelo erário, tendo como destinação, portanto, o maior interesse público, salvo de utilização por interesses privados do Governador’.
“Neste mote, a utilização do Palácio dos Bandeirantes para fins político partidários de interesse particular do Governador caracteriza verdadeiro abuso de poder político e econômico para fins eleitorais, além de ato de improbidade, solicitando-se deste órgão a apuração do fato narrado com as medidas cabíveis de responsabilização dos envolvidos”, acrescentam a deputada federal Luciene Cavalcante, em conjunto com o deputado estadual Carlos Giannazi e com o vereador Celso Giannazi.
Os psolistas também já haviam entrado com uma ação anterior apontando ‘ilegalidade’ na hospedagem de Bolsonaro na sede do governo paulista.
O advogado e professor de Direito Constitucional Pedro Serrano comenta as possíveis consequências do discurso realizado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro a seus apoiadores. Confira a análise no canal de CartaCapital no YouTube.
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