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Promotora agiu como defensora de empresário que ameaçou atirar em Lula, diz advogado
‘O que é mais grave é o Ministério Público descer da imparcialidade de um fiscal da lei e virar partidário’, afirmou Eugênio Aragão


O advogado Eugênio Aragão, que defende o ex-presidente Lula no processo contra empresário que ameaçou atirar no ex-presidente, afirmou que a promotora Maria Paula Machado de Campos agiu partidariamente ao dizer que José Sabatini fez os ataques porque estava comovido com a polarização política do Brasil.
“O que é mais grave é o Ministério Público descer da imparcialidade de um fiscal da lei e virar partidário”, disse Aragão ao jornal Folha de S.Paulo.
Na ação, a promotora justifica que, no contexto brasileiro de “intensa polarização política da sociedade”, “com a multiplicação de notícias veiculadas pela mídia diariamente, sobre todo tipo de tema”, não é de se estranhar que Sabatini tenha “se deixado comover”, o que, segundo ela, não faz dele um criminoso.
“Coitado. De autor de um crime ele vira vítima. Vítima da polarização. Fica a indignação de ver o Ministério Público agir dessa forma, partidariamente”, responde Aragão.
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