Megaprojeto do governo de São Paulo que prevê extinção de empresas públicas e retirada de verba de universidades, o PL/529, está perto de aprovação. Vencido o prazo de 45 dias que a Alesp teria para discutir a proposta, a base aliada tenta votá-la ainda nesta segunda-feira 28. A oposição — que inclui progressistas e bolsonaristas — promete obstruir a votação.
ATENÇÃO! PL 529 PODE SER VOTADO A QUALQUER MOMENTO!
O Projeto de Lei 529, de autoria do governador Doria, está em última fase de tramitação. (1/7)
— Monica Seixas (@MonicaSeixas) September 28, 2020
Os deputados sugeriram ao todo 623 emendas, todas vetadas pelo relator Alex de Madureira (PSD).
URGENTE!!! Cauê Macris acaba de convocar duas sessões extraordinárias na ALESP para pautar o PL529 ainda hoje!
Estamos atentos e mobilizados para barrar o PL529! #PL529Não
— Douglas Garcia – 28.321 Edson Salomão Vereador-SP (@DouglasGarcia) September 28, 2020
Foram incorporadas, contudo, algumas mudanças. A Fapesp e o Caixa Beneficente da Polícia Militar (que administra a assistência a familiares de PMs) foram poupados da obrigação de repassar o superávit anual aos cofres do estado. A medida continua valendo para as demais autarquias e fundações, como Unicamp, Unesp e USP.
O PL/529 propõe ainda a extinção de dez empresas públicas estaduais. São elas:
- Fundação Parque Zoológico de São Paulo;
- Fundação para o Remédio Popular (FURP)
- Fundação Oncocentro de São Paulo (FOSP);
- Instituto Florestal;
- Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano de São Paulo (CDHU);
- Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo S. A. (EMTU/SP);
- Superintendência de Controle de Endemias (SUCEN);
- Instituto de Medicina Social e de Criminologia (IMESC);
- Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (DAESP);
- Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (ITESP).
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