CartaExpressa

‘Procurei Lira, mas ele fechou as portas’, reclama Deltan após cassação

O ex-procurador não foi recebido para tratar de uma eventual reversão da cassação de seu mandato de deputado

‘Procurei Lira, mas ele fechou as portas’, reclama Deltan após cassação
‘Procurei Lira, mas ele fechou as portas’, reclama Deltan após cassação
O deputado federal cassado Deltan Dallagnol. Foto: Lula Marques/Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

O ex-procurador Deltan Dallagnol (Podemos-PR) lamentou nesta quinta-feira 25 não ter sido recebido pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para tratar de uma eventual reversão da cassação de seu mandato de deputado federal.

“Eu procurei o presidente da Câmara. Mandei mensagem para ele, minha assessoria tentou agendar uma reunião, mas ele fechou as portas, não respondendo às mensagens e aos nossos pedidos. Tentei inclusive falar com a chefe de gabinete dele algumas vezes”, disse Deltan em entrevista ao jornal O Globo.

Apesar disso, prosseguiu o deputado cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral, os membros da Mesa da Câmara “vão ponderar se vão dar ou não uma ampla defesa nos termos que a Constituição prevê”. Ele espera que o colegiado “examine a existência de uma quebra de imparcialidade, inconstitucionalidade e perseguição política executada em um julgamento”. Deltan também diz ser possível recuperar o mandato no Supremo Tribunal Federal.

O corregedor da Câmara, deputado Domingos Neto (PSD-CE), já afirmou que o órgão promoverá uma análise “meramente formal”. O parecer de Neto deve ser ratificado pela Mesa, instância à qual cabe declarar a perda do mandato de um deputado em caso de determinação da Justiça Eleitoral.

Segundo a tese vencedora no TSE, uma “manobra” de Deltan para deixar o Ministério Público Federal e se candidatar à Câmara “impediu que os 15 procedimentos administrativos em trâmite no CNMP em seu desfavor viessem a gerar processos administrativos disciplinares, que poderiam ensejar pena de aposentadoria compulsória ou perda do cargo”.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo