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Processo interno recomendava desde 2020 a demissão do atual diretor da PRF
Silvinei Vasques foi julgado por ter agredido um frentista de um posto de gasolina, à época.


Um processo interno da Polícia Rodoviária Federal de 2020 já tinha recomendado a demissão do então agente Silvinei Vasques, hoje diretor-geral da PRF. Ele foi julgado por ter agredido um frentista de um posto de gasolina, à época.
O desligamento não ocorreu pelo fato de o caso ter prescrevido, segundo apurou a CNN Brasil.
A agressão aconteceu no dia 17 de outubro de 2000 e o frentista Gabriel de Carvalho Rezende registrou boletim de ocorrência relatando ter sido agredido com socos e chutes por Vasques. Segundo a vítima, o agente chegou ao posto acompanhado de colegas e pediu que seu carro fosse lavado. Ao informar que o posto não contava com esse servido, o frentista afirma ter sido agredido fisicamente, conforme consta no laudo médico e boletim de ocorrência.
A vítima judicializou o caso contra a União e, por decisão da Justiça em primeira instância, Vasques foi condenado a pagar uma indenização de R$ 52 mil ao estado brasileiro. O caso, no entanto, está parado o caso está parado no TRF-4 desde 2019.
Em paralelo, foi aberto um processo disciplinar dentro da PRF contra Silvinei Vasques indicando a sua demissão. A penalidade deixou de ser aplicada por prescrição.
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