CartaExpressa
Principal mensagem sobre o 8 de Janeiro é a necessidade de regular as redes, diz AGU
Jorge Messias ressalta que o movimento que culminou com a depredação das sedes dos Três Poderes ganhou tração na internet


O advogado-geral da União, Jorge Messias, avalia que a principal mensagem a ser divulgada sobre os atos golpistas de 8 de Janeiro é a necessidade de regulação das redes sociais. Ele diz ser necessário priorizar “um marco legal que confira cidadania digital e responsabilização das plataformas”.
Segundo o ministro, o movimento que culminou com a depredação das sedes dos Três Poderes ganhou tração a partir das plataformas digitais.
“Sem as redes sociais, não teria sido possível aglutinar essas pessoas todas em Brasília, mobilizar nos quartéis pelo País afora”, disse Messias, em entrevista ao jornal O Globo. “A ‘Festa da Selma’ (convocação para o 8 de Janeiro) foi viabilizada por esse modelo de negócio das plataformas, que não têm um filtro para coibir esse tipo de situação.”
Messias também afirmou que, atualmente, “pode-se fazer qualquer tipo de manifestação golpista nas redes sociais e não há nenhum tipo de filtro”.
O advogado-geral comparecerá à cerimônia intitulada Democracia Inabalada, marcada para a próxima segunda-feira 8, no Congresso Nacional. O ato terá a presença do presidente Lula (PT) e dos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL); e do Supremo Tribunal Federal, Luis Roberto Barroso.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.