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PRF não deve ser extinta, mas precisa de controle, diz presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública

Para Renato Sérgio de Lima, a corporação foi ‘instrumentalizada ao longo dos últimos anos como uma polícia à disposição do dirigente político’

Foto: Reprodução/CartaCapital
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Casos recentes de violência protagonizados por agentes da Polícia Rodoviária Federal apontam a necessidade de ampliar a fiscalização, mas extinguir a corporação não é o melhor caminho. A avaliação é de Renato Sérgio de Lima, presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, durante entrevista a CartaCapital no YouTube nesta segunda-feira 2.

O especialista mencionou episódios como as mortes de Genivaldo Santos, em Umbaúba (SE), em 2022, e da menina Heloisa, de três anos, no Rio de Janeiro, em setembro deste ano, ambas em ações da PRF. No mês passado, o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes chegou a dizer que a própria existência da polícia deveria ser repensada.

“A provocação foi extremamente precisa em dizer que a PRF é uma polícia administrativa, não conduz inquéritos”, afirmou Lima. “Precisa ser fiscalizada e controlada. O MPF precisa se mostrar presente não só em casos particulares, como o do Genivaldo e o da Heloisa, mas na própria conduta.”

Segundo o professor da FGV, Gilmar foi “feliz” ao promover uma discussão concreta sobre os rumos da corporação.

“A PRF foi instrumentalizada ao longo dos últimos anos como uma polícia quase à disposição do dirigente político”, prosseguiu Lima. “A PRF presta pouca conta. Não é dizer o que fez, mas como fez e quem está fiscalizando. Acho que acabar não faz sentido, mas sem dúvida a gente precisa discutir o mandato dela.”

Assista à íntegra da entrevista:

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