O relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), comentou nesta sexta-feira 2 a decisão da Procuradoria-Geral da República de pedir ao Supremo Tribunal Federal a abertura de um inquérito para apurar se o presidente Jair Bolsonaro cometeu crime de prevaricação no caso Covaxin.
“O inquérito da PGR contra Bolsonaro por prevaricação é o resultado concreto do trabalho da CPI no escândalo Precisa/Covaxin. Esse é o menor dos crimes. Em 8 de janeiro 2021 o presidente pediu pela vacina da corrupção”, escreveu Renan nas redes sociais.
Em 8 de janeiro deste ano, Bolsonaro enviou uma carta ao primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, afirmando que a indiana Covaxin era uma das vacinas ‘escolhidas’ pelo governo brasileiro.
O acordo entre o laboratório indiano Bharat Biotech e a intermediadora Precisa Medicamentos foi divulgado quatro dias depois, em 12 de janeiro.
A solicitação da PGR nasce de uma notícia-crime contra Bolsonaro protocolada no STF pelos senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Fabiano Contarato (Rede-ES) e Jorge Kajuru (Podemos-GO). O argumento é de que o presidente prevaricou ao não comunicar a Polícia Federal sobre as suspeitas de fraude na negociação pela Covaxin apresentadas pelo deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e pelo irmão dele, o servidor da Saúde Luis Ricardo Miranda.
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