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Presidente do Senado diz que negar a pandemia é brincadeira macabra

Rodrigo Pacheco afirmou que acredita que o presidente Jair Bolsonaro pode mudar o discurso

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), ao lado de Arthur Lira (Progressistas-AL). Foto: Marcos Brandão/Senado Federal
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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou na noite de domingo 21, em entrevista ao programa Canal Livre, da TV Band, que o “negacionismo é uma brincadeira macabra”.

“O negacionismo quando começou a pandemia era uma tese, tese esta ventilada por diversas pessoas. Mas agora o negacionismo é uma brincadeira de mau gosto, macabra e medieval. Não podemos mais negar a pandemia e para evitar a contaminação tomarmos medidas como uso de máscara, higienização das mãos e distanciamento social”, disse.

Na conversa, Pacheco também disse que não é papel dele, nem do presidente da República, Jair Bolsonaro,“fazer propaganda de remédio”. “A população precisa procurar um médico. Ele que vai decidir”.

O demista disse acreditar que Bolsonaro possa mudar o discurso. “Eu não descarto, diante do quadro de gravidade nacional e da triste realidade que estamos vivendo, com falta de leitos e aumentos de mortes, que o presidente possa reconhecer que deva mudar um discurso que era mais negacionista que o normal. Temos que acreditar na possibilidade de mudança, mas para isso temos que sentar à mesa e conversar exaustivamente para chegarmos a um acordo”.

O presidente do Senado ainda defendeu um pacto nacional.

“É preciso promover em nível nacional um pacto, uma união nacional, em torno deste enfrentamento. Abstrair agora isso de apontar os culpados, mas identificar erros num pacto que envolva o presidente da República como grande coordenador e líder. Aguardo muito essa postura. Sentar em torno da mesa os presidentes da República, do Senado, da Câmara, do STF, a Procuradoria-Geral da República, o ministro da Saúde, em quem se deposita muita confiança em assumir as rédeas do enfrentamento, os governadores de estado… É impossível imaginar os governadores fazendo uma coisa de um lado e o presidente fazendo outra de outro lado”, criticou.

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