CartaExpressa
Presidente do Republicanos descarta lançar Tarcísio como substituto de Bolsonaro em 2026
Atual governador de São Paulo tem sido apontado como herdeiro dos votos da direita após a inelegibilidade de Bolsonaro; Marcos Pereira, no entanto, alega não ser viável lançar o ex-ministro na disputa


O deputado Marcos Pereira, atual presidente do partido Republicanos, descartou lançar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, como candidato à Presidência da República em 2026. O político tem sido apontado, por pesquisas, como substituto do inelegível Jair Bolsonaro.
“O Tarcísio é um candidato natural a fazer um bom governo, primeiramente. Atender às expectativas do eleitor de São Paulo e da população de São Paulo que o colocou nessa posição de tanta relevância. Depois, o momento seguinte, mais natural, é ser candidato à reeleição”, defendeu Pereira em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, exibido na noite desta segunda-feira 25.
“Eu não vejo pelo menos hoje o Tarcísio se viabilizando para candidato a presidente da República”, insistiu o parlamentar pouco mais adiante.
Durante o programa, o presidente do partido também descartou uma eventual desfiliação de Tarcísio pela adesão do Republicanos ao governo Lula – na figura de Silvio Costa Filho, que assumiu o Ministério de Portos e Aeroportos.
Bolsonaro, vale dizer, teve a sua inelegibilidade mantida pelo Tribunal Superior Eleitoral nesta segunda-feira. Ao todo, 5 dos 7 ministros já votaram para manter a decisão que retirou os direitos políticos do ex-capitão por abuso de poder ao reunir embaixadores para espalhar mentiras sobre as urnas. Restam dois votos, mas a maioria já está formada.
Com isso, a direita deve escolher, até 2026, um novo nome que disputará a cadeira de presidente da República. Pesquisas tem apontado, desde o início do ano, que Tarcísio seria a ‘escolha natural’ do eleitor. A possibilidade, no entanto, não conta com a simpatia de Bolsonaro. A outra opção, lançar Michelle, também tem sido criticada pelo ex-capitão.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

TSE julgará em conjunto mais 3 ações pela inelegibilidade de Bolsonaro
Por CartaCapital
5 dos 7 ministros do TSE votam por negar recurso de Bolsonaro contra inelegibilidade
Por CartaCapital