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Presidente da CPMI pede apoio à polícia para localizar o ‘Careca do INSS’
Antônio Carlos Camilo Antunes foi convocado a prestar esclarecimentos, mas não respondeu aos contatos da comissão


O presidente da CPMI do INSS, Carlos Viana (Podemos-MG), afirmou nesta quinta-feira que o colegiado teve dificuldades de encontrar Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o “Careca do INSS”, e pediu ajuda da polícia legislativa para intimá-lo. Alvo de investigações sobre as fraudes no instituto, ele foi convocado a prestar esclarecimentos, mas não respondeu aos contatos da comissão.
“Nós buscamos primeiramente contato com os advogados de defesa para que eles pudessem marcar, inclusive, o dia que viriam. Mas como os advogados também não responderam, a intimação foi enviada por meio policial”, explicou Viana. “Nós estamos aguardando, naturalmente, que a polícia nos responda se já foi efetivada essa comunicação”.
Segundo as apurações da Polícia Federal, o Careca do INSS seria uma figura central no esquema de fraudes no instituto. Ele tinha procurações das associações para atuar em seus nomes perante o INSS. Quebras de sigilo bancário mostraram pagamentos dele e de suas empresas a parentes de ex-dirigentes do órgão. Ele recebia 27,5% de cada desconto sobre aposentadorias que conseguia para o grupo.
Além dele, o presidente da CPMI também pediu que Maurício Camisotti fosse intimado. Camisotti é apontado como sócio oculto de uma entidade e beneficiário das fraudes na Previdência. Na semana passada, a comissão aprovou pedido de prisão preventiva e quebra de sigilo para ambos.
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