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Prefeitura de SP registrou boletim de ocorrência após suspeitar de vacina em nome de Bolsonaro

A vacina que teria sido aplicada no ex-presidente é de um lote que não foi enviado ao município de São Paulo

Prefeitura de SP registrou boletim de ocorrência após suspeitar de vacina em nome de Bolsonaro
Prefeitura de SP registrou boletim de ocorrência após suspeitar de vacina em nome de Bolsonaro
O ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Mauro Pimentel/AFP
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A Prefeitura de São Paulo registrou um boletim de ocorrência após suspeitar de irregularidades em um certificado de vacina do ex- presidente Jair Bolsonaro (PL), registrado em uma unidade de saúde do Parque Peruche, zona norte da cidade. O caso foi revelado pelo G1.

Os técnicos de Saúde registraram BO em janeiro deste ano no 13º Distrito Policial (Casa Verde). Segundo informações do boletim, a vacina que teria sido aplicada em Bolsonaro, da Janssen, é de um lote que não foi enviado ao município de São Paulo. A vacinação teria acontecido em junho de 2021, segundo o cartão vacinal.

A enfermeira que consta no sistema como a aplicadora do imunizante no ex-presidente nunca trabalhou na Unidade Básica de Saúde Parque Peruche. Segundo o registro da Prefeitura, Bolsonaro nunca esteve naquela unidade de saúde.

O caso é investigado pela Polícia Federal que, nesta semana, deflagrou uma operação que investiga um grupo acusado de inserir informações falsas sobre cartões de vacina nas plataformas do SUS.  Além do registro de vacina em São Paulo, a PF investiga outros dois em unidades de saúde de Duque de Caxias (RJ), todos em nome de Bolsonaro.

De acordo com a PF, as inserções falsas ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022. As investigações apontam que o grupo inseria dados falsos de vacinação nos sistemas sistemas SI-PNI e RNDS, ambos do Ministério da Saúde, para que extremistas pudessem emitir documentos que exigiam comprovação de imunização.

Informações obtidas e reveladas pela TV Globo indicam que um dos comprovantes de vacinação adulterados é o de Jair Bolsonaro. A filha do ex-capitão, Laura, também teria tido dados falsificados no sistema. Outros comprovantes falsos são de Mauro Cid, sua esposa e filhas.

Seis pessoas foram presas, entre eles o ex-ajudantes de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid.

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