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Prefeitura de São Sebastião conhecia desde 2014 o risco de deslizamentos na Vila Sahy

A área concentra o maior número de vítimas das chuvas do final de semana passado no litoral norte de São Paulo

Registro da Barra do Sahy, em São Sebastião, em 21 de fevereiro de 2023. Foto: Fernando Marron/AFP
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Um projeto elaborado pela prefeitura de São Sebastião em 2014 demonstra que o município já tinha conhecimento do risco de deslizamentos de encostas e recomendava a remoção de moradores da Vila Sahy, área a concentrar o maior número de vítimas das chuvas do final de semana passado no litoral norte de São Paulo.

O Projeto de Regularização Fundiária Sustentável, formulado nove anos atrás e divulgado neste sábado 25 pelo G1, apresenta um mapeamento do Instituto Geológico realizado em 1996, no qual a Vila Sahy já era inserida em um perímetro de risco muito alto, de risco alto e de risco médio para deslizamentos e inundações.

No documento, a prefeitura afirma que executava um “projeto urbanístico de infraestrutura” e que seria necessária uma nova avaliação da Defesa Civil. A peça, porém, não informa se o órgão chegou a realizar a análise.

Constata-se, ainda, a “necessidade de remoção das moradias e seus ocupantes, que se encontram na área de risco físico alta, por conta da declividade de solo e processo erosivo avançado, e será executado um projeto de reassentamento, para realocação dos moradores dessas áreas”.

O número de mortes em decorrência das fortes chuvas chegou a 57, conforme boletim divulgado às 18h40 de sexta-feira. São 56 em São Sebastião e uma em Ubatuba.

38 corpos foram identificados e liberados para o sepultamento. São 13 homens adultos, 12 mulheres adultas e 13 crianças. Há, ainda, 2.251 desalojados e 1.815 desabrigados.

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