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Prefeito de São Paulo não deve liberar transporte gratuito para eleições
Ricardo Nunes (MDB) disse que a proposta não é viável, e argumentou que no primeiro turno foram disponibilizados 2 mil ônibus a mais
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), não pretende liberar ônibus de graça aos eleitores da cidade no dia 30 de outubro, data do segundo turno das eleições. A declaração foi feita à jornalista Monica Bergamo, via aplicativo de mensagens.
“Consultei a SPTrans [empresa que faz a gestão dos ônibus na capital] já no primeiro turno e não acham viável. Colocamos 2.000 ônibus a mais do que normalmente circulam aos domingos. Não tivemos problemas no primeiro turno e deve ocorrer assim também no segundo”, disse.
A abstenção no estado de São Paulo no primeiro turno foi de 21,63% , o que significa que cerca de 7,5 milhões de eleitores não compareceram às urnas. A taxa é um pouco maior da aferida em 2018, que foi de 21,52%.
A taxa é especialmente preocupante para as campanhas de Lula e Haddad, que têm mais eleitores entre as populações mais pobres do país e do estado. Na capital, os cidadãos têm que desembolsar mínimo de R$ 8,80 em um trecho ida e volta, com o custo da passagem a R$ 4,40.
Nunes, que é apoiador do candidato bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos) ao governo do estado defendeu a eficácia do sistema de transporte e acrescentou: “Nunca houve [passe livre em dias de votação], em nenhuma gestão, seja PSD, PT, PSDB”.
A reportagem de CartaCapital procurou a prefeitura de São Paulo para checar se já há uma decisão em definitivo e aguarda posicionamento.
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