Por reajuste, servidores do Banco Central decidem retomar greve por tempo indeterminado

Os sindicalistas apontam que o presidente do BC, Roberto Campos Neto, descumpriu acordo com a categoria

Edifício-sede do Banco Central, em Brasília. Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

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O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central decidiu retomar a greve da categoria, por tempo indeterminado, a partir de 3 de maio. As informações foram confirmadas a CartaCapital, nesta sexta-feira 29, pelo presidente do Sinal, Fabio Faiad.

Diz a nota do sindicato: “As razões principais foram o descumprimento por parte do presidente do Banco Central em conseguir em abril/2022 uma reunião entre o sindicato e o Ministro Ciro Nogueira, a não apresentação de uma proposta alternativa aos 5% e a não apresentação de uma proposta sobre a parte não-salarial de nossas demandas”.

Na terça-feira 19, houve o anúncio por parte do sindicato de que a greve seria paralisada por duas semanas justamente para aguardar uma proposta de reajuste salarial. Na ocasião, o Sinal apontou que o recuo temporário significava um “voto de confiança” ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Até a suspensão, a categoria contabilizava 19 dias de interrupção das atividades.

Na quarta-feira 27, o presidente Jair Bolsonaro pediu à equipe econômica a elaboração de uma proposta de aumento linear de 5% para os servidores públicos federais, de acordo com fontes do governo. O plano de reajuste, ainda não anunciado, fica abaixo da inflação. Nesta sexta, o ex-capitão disse que o aumento ‘desagrada a todo mundo’, mas alegou ser o possível.

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