CartaExpressa
Por que Wajngarten mentiu ao dizer que ‘não existia cloroquina’ em março de 2020
O ex-chefe da Secom foi questionado pelo senador Humberto Costa se recorreria ao medicamento ineficaz
O ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten mentiu nesta quarta-feira 12, em depoimento à CPI da Covid, após ser questionado sobre seu endosso ou repúdio à utilização da cloroquina contra o novo coronavírus.
Indagado pelo senador Humberto Costa (PT-PE) se recorreria ao medicamento, que não tem qualquer eficácia comprovada no combate à doença, Wajngarten recordou que, ao contrair a Covid-19 em março do ano passado, a cloroquina “não existia”.
“Eu não tomei cloroquina quando fiquei doente porque não existia cloroquina em março. Se ela fosse comprovada, eu iria submetê-la ao meu médico, que cuidou de mim”, afirmou. Humberto Costa, então, emendou: “Ela já existia, só que nunca foi indicada para isso”.
Wajngarten insistiu: “Ela não existia. Com todo o respeito ao senhor e à ciência médica, filho de médico que sou. Eu peguei Covid em março e a palavra ‘cloroquina’ não existia em março”.
Uma postagem da Secretaria de Comunicação no dia 28 de março do ano passado, entretanto, desmente o seu então chefe.
Veja:
Assista à sessão ao vivo:
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.