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Por que o Padre Kelmon, que mal pontua nas pesquisas, participa dos debates

Amparado pela lei, Kelmon deve também dar as caras no debate da Globo, marcado para o dia 29.

Padre Kelmon e Roberto Jefferson. Foto: Reprodução
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O debate presidencial transmitido pelo SBT e um pool de veículos de imprensa foi marcado por uma animada dobradinha entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e um ilustre desconhecido do eleitor, o Padre Kelmon (PTB). Ao longo do programa, o ex-capitão e o religioso trocaram elogios e emendaram argumentos de ataques à esquerda e na defesa do legado do governo federal.

Preposto de Roberto Jefferson – que teve a candidatura negada pelo TSE e é considerado inelegível até 2023 –, Kelmon foi confirmado candidato no dia 15 de setembro. De lá pra cá, mal pontuou nas pesquisas de intenção de voto.

Nas redes sociais, muita gente se perguntou porque, então, ele tem cadeira garantida no debate presidencial – ao contrário de vários outros candidatos minoritários à Presidência. A explicação vai além das estatísticas: a Lei Eleitoral brasileira garante a participação de candidatos dos partidos com representação no Congresso Nacional, de, no mínimo, cinco parlamentares. É o caso do PTB.

Amparado pela lei, Kelmon deve também dar as caras no debate da Globo, marcado para o dia 29.

Por que, então, o PTB não esteve nos debate anterior, da Band, ocorrido no fim de agosto? Conforme CartaCapital apurou, a Band exigiu a participação presencial dos candidatos, o que impediu que Jefferson, ainda como cabeça de chapa e em prisão domiciliar, participasse.

https://www.youtube.com/watch?v=RE2HBpowEbg&feature=emb_title&ab_channel=TerraBrasil

Trajetória controversa

Segundo o PTB, Kelmon ajudou a criar o Movimento Cristão Conservador e lidera o Movimento Cristão Conservador Latino-Americano. Embora se apresente como padre ortodoxo, Kelmon se diz vinculado uma igreja que não é reconhecida pelas igrejas canônicas do antigo patriarcado ortodoxo: a Igreja Católica Apostólica Ortodoxa del Peru.

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