Por falta de provas, Promotoria arquiva inquérito da Lava Jato contra Haddad

Ex-prefeito era investigado por suposto caixa 2 eleitoral. O caso era baseado na delação premiada de Leo Pinheiro, ex-presidente da OAS

O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad. Foto: Nelson Almeida/AFP

Apoie Siga-nos no

O Ministério Público de São Paulo arquivou um inquérito que investigava ex-prefeito Fernando Haddad por um suposto pedido de propina à OAS, em 2013, para quitação de despesas de campanha eleitoral, ou caixa 2. O arquivamento se deu por falta de provas.

Segundo a Promotoria, as acusações feitas contra o petista via delação premiada não se comprovaram, “a despeito das diversas diligências investigativas realizadas para esse fim”,

Em parecer assinado na segunda-feira 13, o promotor Paulo Rogério Costa registrou que “não é possível atribuir a Fernando Haddad a solicitação direta ou indireta e ainda o percebimento de vantagem indevida da empreiteira OAS, em razão de sua função, que à época era de prefeito municipal de São Paulo, mediante a contraprestação de ser prolongado um contrato administrativo com a empreiteira”.

A investigação, agora arquivada, foi aberta com base na colaboração premiada de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, no âmbito da Operação Lava Jato. Pinheiro alegou ter sido procurado por João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, no primeiro trimestre de 2013. Vaccari teria, segundo declarou ele à época, pedido 5 milhões de reais para pagamento de dívidas de campanha de Haddad. Em troca, teria oferecido a continuidade de contratos da OAS com a Prefeitura, sobretudo da obra do prolongamento da Avenida Roberto Marinho.

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Relacionadas

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.