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Policial federal preso por planejar assassinato de Lula atuou como segurança do petista

O policial federal Wladimir Matos Soares foi preso nesta terça-feira 19, juntamente com quatro militares do Exército

Policial federal preso por planejar assassinato de Lula atuou como segurança do petista
Policial federal preso por planejar assassinato de Lula atuou como segurança do petista
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O policial federal Wladimir Matos Soares, preso nesta terça 19 sob suspeita de participação no plano para assassinar o presidente Lula (PT), participou da segurança do petista após ele ser eleito e antes da posse, em 2022.

A informação consta na decisão judicial do Supremo Tribunal Federal que pediu a prisão preventiva do militar e de outros quatro suspeitos. O texto destaca que o agente atuou “na parte do planejamento operacional que previa o assassinato do presidente e do vice-presidente Geraldo Alckmin“.

“Com nítido desprendimento das consequências nocivas em torno da conduta, forneceu informações do aparato que, à época, estava mobilizado para assegurar a vida e integridade física do presidente eleito, indicando a extensão e capacidade de segurança”, grafa, em um trecho da decisão, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.

Ainda segundo a apuração, o policial atuou a favor da organização criminosa que previa consumar um golpe de estado, fornecendo informações que pudessem subsidiar ações caso o golpe fosse assinado.

“O planejamento operacional denominado ‘Punhal verde amarelo’ tinha como uma das possibilidades assassinar o então candidato eleito Lula por envenenamento ou uso de químicos para causar um colapso orgânico”, prossegue Moraes na decisão.

“O investigado, aproveitando-se das atribuições inerentes o seu cargo no período entre a diplomação e posse do governo eleito, repassou informações relacionadas a estrutura de segurança do presidente Lula para pessoas próximas ao então presidente Jair Bolsonaro aderindo de forma direta ao intento golpista”, acrescenta o magistrado.

Segundo a decisão, se os investigados estiverem em liberdade, pode haver supressão de elementos de prova relevantes para desvendar por completo as circunstâncias de ação do grupo.

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