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Polícia prende hackers suspeitos de vender dados sigilosos de ministros do STF, Ibaneis Rocha e deputados

Hackers obtinham CPFs, números de celular e até mesmo monitoravam vítimas por meio das câmeras de segurança em rodovias

Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília
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A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu preventivamente, nesta terça-feira 20, dois hackers suspeitos de comercializar dados sigilosos de mais de 200 milhões pessoas, entre eles autoridades públicas do governo do DF, do governo federal, ministros do Supremo Tribunal Federal e outras autoridades. A investigação em curso a mais de um ano apura possível rede de roubo de informações no Brasil.

Entre as vítimas com dados expostos pelos acusados estão nomes de deputados distritais, federais, ministros do Supremo Tribunal Federal e do governador Ibaneis Rocha (MDB). Segundo a Polícia, as informações eram comercializadas na internet para a prática de fraudes eletrônicas e a criação de dossiês para pressionar autoridades públicas.

As informações comercializadas continham CPFs com número de celular anexado, endereços residenciais, fotos, assinaturas digitalizadas, cópias da CNH, nome de vizinhos e outras informações pessoais.

A polícia chegou até os criminosos após prender um dos golpistas. Com o celular apreendido, os agentes tiveram acesso a grupos em que os suspeitos negociam pacotes com dados da população brasileira.

Todos os dados estavam organizados em um banco de dados estruturados, capaz de retornar buscas com as informações da vítima em questão em poucos cliques. Segundo o site G1, o esquema monitorava também câmeras de rodovias, o que permitia localizar e monitorar a rotina de personalidades.

A maior parte dos dados veio pelo roubo de informações de órgãos públicos. Vale lembrar, em dezembro de 2021, durante a gestão de Jair Bolsonaro, sistemas do Ministério da Saúde foram alvos de ataques cibernéticos que resultaram no vazamento de informações de mais de 200 mil brasileiros. Em março de 2022, sites do governo também foram hackeados, mas, naquele momento, não houve informação sobre o vazamento de dados.

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