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Polícia Federal indicia Renan Calheiros por corrupção

Em resposta, relator da CPI da Covid insinuou que a ação da PF tem a ver com a sua atuação na Comissão que investiga o governo federal

O senador Renan Calheiros (MDB-AL). Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
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A Polícia Federal indiciou neste sábado 3 o senador Renan Calheiros (MDB-AL) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. As investigações apontam que o relator da CPI da Covid pediu e recebeu 1 milhão de reais em propina da Odebrecht em 2012.

A manifestação foi enviada ao Supremo Tribunal Federal na sexta-feira 2, o que concluiu o inquérito aberto em 2017.

De acordo com os investigadores, o dinheiro teria sido pago em troca de o senador atuar pela aprovação de uma resolução que restringia incentivos fiscais a produtos importados que vinham sendo concedidos pelos Estados com o objetivo de beneficiar a Braskem.

O senador, chamado de “Justiça” no sistema da Odebrecht, teria recebido o dinheiro no dia 31 de maio de 2012, no bairro Mooca, em São Paulo (SP).

“Com base no suporte probatório apresentado, também se concluiu que o Senador da República JOSÉ RENAN VASCONCELOS CALHEIROS, juntamente com outras pessoas, cometeu o delito de lavagem de dinheiro quando ocultou e dissimulou a origem e a natureza dos recursos indevidos recebidos no dia 31/05/2012, no montante de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais)“, escreveu o delegado Vinicius Venturini.

Em resposta, Calheiros  insinua que a ação da PF tem a ver com a sua atuação na CPI.

“A Polícia Federal não tem competência para indiciar senador. Apenas o STF. Essa investigação está aberta desde março de 2017 e como não encontraram prova alguma, pediram prorrogação. Estou surpreso que justamente  agora, quando a PF, instituição de Estado, abre investigação sobre a Precisa para facilitar Habeas Corpus do vendedor da vacina da propina e garantir seu silêncio na CPI. Mas não irei me intimidar. Os culpados pelas mortes, pelo atraso das vacinas, pela cloroquina e pela propina irão pagar”.

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