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Polícia Federal aciona o STF após áudios de Mauro Cid: ‘Graves acusações’

A revista ‘Veja’ revelou áudios em que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) critica a forma como a PF conduziu o seu interrogatório no acordo de delação premiada

Mauro Cid, antigo ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na CPMI do 8 de Janeiro. Foto Lula Marques/Agência Brasil.
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O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, disse que as declarações de Mauro Cid contra a corporação são ‘graves acusações’ e que o Supremo Tribunal Federal foi acionado para esclarecer o caso.

“Fomos acusados, representamos ao STF para que as graves acusações sejam esclarecidas”, afirmou, em entrevista ao site Metrópoles.

A Veja revelou áudios em que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) critica a forma como a PF conduziu o seu interrogatório no acordo de delação premiada e alega que a corporação o teria pressionado para confirmar uma suposta ‘narrativa pronta’.

“Eles já estão com a narrativa pronta. Eles não queriam saber a verdade, eles queriam que eu confirmasse a narrativa deles. Entendeu?”, afirma Cid, em uma das gravações.

Em outro trecho, Mauro Cid também direciona críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. “A lei já acabou há muito tempo. A lei é eles, eles são a lei, o Alexandre Moraes é a lei. Ele prende quando ele quiser, como ele quiser; com Ministério Público, sem Ministério Público, com acusação, sem acusação”, diz.

A defesa do militar se posicionou sobre o caso e justificaram, em nota, que os áudios seriam ‘clandestinos’ e que o conteúdo ‘não passa de um desabafo’ em que o militar relata o momento de angústia pelo qual vem passando. Os advogados ainda completaram que  “não subscrevem” o conteúdo dos áudios e que as gravações, “de forma alguma, comprometem a lisura, seriedade e correção dos termos de sua colaboração premiada”.

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