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Polícia de Brotas pede prisão preventiva de fazendeiro acusado de abandonar búfalos
O Ministério Público Estadual vai analisar se aceita o pedido de detenção


A Polícia de Brotas, no interior de São Paulo, pediu a prisão preventiva do proprietário da fazenda São Luiz da Água Sumida, acusado de deixar mais de mil búfalas em situação de maus-tratos na propriedade, sem água e comida.
O inquérito policial, que estava sob o comando do delegado Douglas Brandão do Amaral foi finalizado na quinta-feira 9. Em seu relatório final, o delegado aponta que ‘a medida é necessária e adequada diante à gravidade dos crimes praticados’ e que qualquer outra medida cautelar seria infrutífera.
O relatório final da investigação contou com um laudo preliminar feito por especialistas da USP e da UNESP e que aponta que Luiz Augusto Pinheiro de Souza “foi complemente negligente no manejo dos animais, não demonstrando preocupação com o seu rebanho, com os rebanhos vizinhos, com a saúde pública, com a poluição ambiental e a fauna nativa”.
O Ministério Público Estadual vai analisar se aceita o pedido de detenção do investigado. Já a defesa do acusado, representada pelo advogado Rodrigo Carneiro Maia, declarou que entrará com petição para suspensão da medida.
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