A Polícia Militar de São Paulo criou novas diretrizes de uso das redes sociais para que os agentes da corporação evitem publicar conteúdo de cunho político-partidário.
O texto, publicado no Diário Oficial do Estado na quarta-feira 29, também recomenda que os policiais exponham informações que possam prejudicar a segurança pessoal dos policiais e também a exposição de instalações, armamentos, viaturas, uniforme, ocorrências, investigações e operações da PM.
“A investidura policial-militar impõe à pessoa detentora dessa condição uma gama de responsabilidades e deveres, inclusive na condução de sua vida particular, o que, mais uma vez, repercute na criação e compartilhamento de conteúdos e mensagens de comunicação digital”, diz o texto.
O documento também impede “considerações sobre atos de superiores, de caráter reivindicatório ou depreciativos a outros órgãos públicos, autoridades e demais militares do Estado”.
“Reforça-se a deliberação de que o policial militar, que tenha a intenção de dar publicidade a conteúdo que se relacione direta ou indiretamente com a Polícia Militar ou com a sua condição de militar do Estado, deverá valer-se dos canais de comunicação social oficiais da Instituição”, esclarece.
As consequências em caso de descumprimento das novas regras vão desde sanções disciplinares previstas no regimento interno da corporação, como advertência e suspensão, até penas dispostas no Código Penal Militar.
Após a publicação das diretrizes, o deputado federal (PL-SP) afirmou que as restrições são uma censura aos policiais militares e pediu ao Ministério Público de São Paulo que acione judicialmente o comando da corporação.
“Sabidamente os policiais militares têm uma linha bolsonarista”, disse o deputado em entrevista à rádio Jovem Pan.
(Com informações da Agência Estado)
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login