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Pioneiro do funk Sly Stone morre aos 82 anos

Com sua energia vibrante sobre o palco e letras que denunciavam os preconceitos raciais, Stone se tornou uma estrela da música

Pioneiro do funk Sly Stone morre aos 82 anos
Pioneiro do funk Sly Stone morre aos 82 anos
Pioneiro do funk Sly Stone morre aos 82 anos, em 9 de junho de 2025. Foto: Eric Estrade/AFP, em 19 de julho de 2007
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O gênio do funk Sly Stone, líder da banda Sly and the Family Stone, pioneira na integração racial, faleceu aos 82 anos, informou sua família à imprensa americana nesta segunda-feira (9).

Híbrido efervescente de soul psicodélico, consciência hippie, funk tipo blues e rock construído sobre o gospel negro, sua música cativou milhões de pessoas durante uma época dourada até que ele se perdeu nas drogas.

O cantor fez um show memorável com sua banda no festival de Woodstock, em agosto de 1969.

“É com profunda tristeza que anunciamos o falecimento do nosso querido pai, Sly Stone de Sly and the Family Stone”, afirmou sua família em um comunicado.

O líder da Sly and the Family Stone “morreu em paz, ao lado de seus três filhos, seu amigo mais íntimo e sua família”, após uma longa batalha contra a doença pulmonar obstrutiva crônica e outros problemas de saúde, informou a família, segundo a revista Variety.

“Nos consola saber que seu extraordinário legado musical seguirá ressoando e inspirando as futuras gerações”, acrescentou a família.

Com sua energia vibrante sobre o palco e letras que denunciavam os preconceitos raciais, Stone se tornou uma estrela da música.

Lançou discos que abarcavam vários gêneros musicais. Mas se retirou no começo da década de 1970 e questões pessoais acabaram levando à desintegração do grupo.

Reapareceu esporadicamente em turnês, apresentações erráticas na televisão e em uma tentativa fracassada de reunião em 2006 no palco do Grammy Awards.

Ao longo de cinco anos, deixou um impacto indelével na música americana e mundial, desde o sucesso de estreia do grupo “Dance to the Music” em 1967 e o primeiro de seus três números um, “Everyday People” um ano depois, até a obra-prima do rhythm and blues dos anos 70 “If You Want Me To Stay”.

Para muitos, Sly era um gênio musical que criava o som do futuro. Era “como ver uma versão negra dos Beatles”, contou a lenda do funk George Clinton à CBS News sobre seu velho amigo.

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