O procurador-geral da República, Augusto Aras, decidiu não comentar possíveis crimes eleitorais cometidos pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) em seus atos no 7 de Setembro.
Após uma cerimônia no Congresso Nacional em homenagem aos 200 anos da Independência do Brasil, nesta quinta-feira 8, o chefe do Ministério Público Federal disse ao jornal Folha de S.Paulo que “a Procuradoria-Geral Eleitoral vai se manifestar nos autos de eventuais representações que lhe cheguem às mãos através do vice-procurador-geral Eleitoral, Dr. Paulo Gustavo Gonet, que é o nosso delegatário na atuação eleitoral perante o Tribunal Superior Eleitoral”.
A tendência é de que a primeira manifestação da PGE se dê no âmbito de uma ação protocolada nesta quinta no TSE pelo PDT, do presidenciável Ciro Gomes. A peça cobra investigação contra Bolsonaro por abuso de poder político e econômico na celebração do Bicentenário da Independência.
O partido argumenta que o ex-capitão usou o evento para a promoção de sua candidatura. No documento, o PDT estende a contestação ao ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto, vice na chapa de Bolsonaro.
A ação pede que Bolsonaro fique inelegível por oito anos, além da “denegação do registro de candidatura ou a cassação do diploma”.
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