A Procuradoria Geral da República pediu o arquivamento de uma denúncia contra o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que o acusava de praticar caixa dois na campanha à Prefeitura de São Paulo, em 2012. As informações são da colunista Monica Bergamo.
Ao se manifestar sobre o pedido, a vice-procuradora da República, Lindôra Maria Araújo, destacou que, no curso de oito anos das investigações, não houve produção de elementos suficientes contra Haddad. A apuração tomou como base delações da Operação Lava Jato feitas pelos publicitários João Santana e Mônica Moura, antigos marqueteiros do PT.
Lindôra ainda pediu que o caso seja devolvido à 10ª Vara Criminal “a fim de viabilizar o devido prosseguimento das investigações dos fatos envolvendo os demais investigados”. Ela argumenta que o caso não tem relação com sua função como ministro.
“No caso, os fatos narrados nos autos referem-se a supostos crimes ocorridos durante a campanha de Fernando Haddad para a Prefeitura de São Paulo no ano de 2012, ou seja, em data anterior à assunção do cargo de ministro de Estado no ano de 2023. A rigor, portanto, ante a ausência de contemporaneidade entre a nomeação e os fatos noticiados não haveria atribuição da Procuradoria-Geral da República para apuração da demanda”, afirmou.
O caso tramitava na 10ª Vara Criminal da Justiça Federal de São Paulo. Após a nomeação de Haddad como ministro do governo Lula (PT), o tribunal encaminhou o processo ao Supremo Tribunal Federal, que ficou sob relatoria da ministra Cármen Lúcia. A magistrada solicitou o parecer da PGR.
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