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PGR defende no STF que discurso transfóbico de Nikolas Ferreira está protegido pela imunidade parlamentar

Segundo Lindôra Araújo, ‘exagero na utilização do vocábulo não se sobrepõe à imunidade parlamentar’

PGR defende no STF que discurso transfóbico de Nikolas Ferreira está protegido pela imunidade parlamentar
PGR defende no STF que discurso transfóbico de Nikolas Ferreira está protegido pela imunidade parlamentar
O deputado federal bolsonarista Nikolas Ferreira. Foto: Reprodução/TV Câmara
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A Procuradoria-Geral da República defendeu nesta sexta-feira 26 que o Supremo Tribunal Federal rejeite pedidos de investigação contra o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) por seu discurso transfóbico na Câmara em 8 de Março, Dia Internacional das Mulheres.

Na ocasião, o bolsonarista usou a tribuna da Casa para debochar de mulheres trans. Ao vestir uma peruca loira, ele disse se chamar Nicole e afirmou que, por isso, teria “lugar de fala”. Declarou, ainda, que “as mulheres estão perdendo seu espaço para homens que se sentem mulheres”.

Segundo a vice-procuradora-geral da República Lindôra Araújo, “a manifestação do representado, mesmo que possa ser considerada de mau gosto e/ou com excessos, também está protegida pela imunidade material absoluta, pois proferida na tribuna da Câmara dos Deputados”.

A PGR sustenta, ainda, que o Supremo já entendeu que o “exagero na utilização do vocábulo não se sobrepõe à imunidade parlamentar no que tem com o objetivo maior o exercício do mandato sem intimidações de qualquer ordem”.

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