A Procuradoria-Geral da República defendeu nesta quarta-feira 8 a manutenção da prisão preventiva de Jorge Eduardo Naime Barreto, ex-chefe do Departamento de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal.
O coronel foi detido em fevereiro, na 5ª fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada pela Polícia Federal para investigar suspeitos de envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro. Em depoimento à corporação, ele afirmou que o Exército “frustrou todos os planejamentos e tentativas” de desmobilizar o acampamento golpista montado em frente ao quartel-general da Força em Brasília.
A defesa de Naime pediu a liberdade de seu cliente ao Supremo Tribunal Federal sob o argumento de que ele não era o responsável por planejar ou executar a operação de segurança dos prédios dos Três Poderes no dia dos ataques bolsonaristas.
O Ministério Público Federal sustenta, porém, que elementos indicam uma possível atuação concertada de diversos oficiais de alta patente da PM, incluindo Naime.
Assim, argumenta o órgão, a liberdade do coronel pode comprometer a apuração, devido ao alto posto que ele ocupou e a sua liderança na corporação. O MPF avalia que a manutenção da prisão preventiva busca salvaguardar “a lisura das investigações, a colheita de provas e, por conseguinte, a persecução penal”.
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